quinta-feira, 26 de julho de 2007

Bernard Shaw











26/07/1856-02/11/1950)


"O assassinato é a forma extrema de censura."


"A virtude não passa de tentação insuficiente."


"Quando quero fazer graça, digo a verdade."


"Por que aceitar conselhos sobre sexo vindos do Papa? E isto admitindo-se que ele entenda alguma coisa do assunto - o que ele não deveria."


"A democracia é apenas a substituição de alguns corruptos por muitos incompetentes."


"Se os pais pudessem imaginar como os filhos os acham um tédio..."


"Presume-se que a mulher deve esperar, imóvel, até ser cortejada. Mais ou menos como a aranha espera a mosca."


"Quando duas pessoas estão sob a influência da mais violenta, insana, enganosa e passageira das paixões, são obrigadas a jurar que continuarão naquele estado excitado, anormal e tresloucado até que a morte as separe."




George Bernard Shaw nasceu em Dublin em 26 de julho de 1856. Filho de uma tradicional mas empobrecida família protestante, foi de início instruído por um tio, mas rejeitou a educação escolar e aos 16 anos empregou-se num escritório. Adquiriu amplo conhecimento artístico graças à mãe, Lucinda Elizabeth Gurly Shaw, e às freqüentes visitas à National
Gallery da Irlanda. Em 1872, Lucinda deixou o marido e seguiu para Londres com seu professor de música. Aos vinte anos, Shaw decidiu tornar-se escritor e juntou-se à mãe em Londres, onde seus primeiros romances passaram despercebidos. Seguiram-se anos de frustração, nos quais teve vida modesta, sustentado pela mãe. Passava as tardes no Museu Britânico, onde estudava o que não aprendera na escola e escrevia romances, e à noite assistia a palestras e debates, freqüentes entre os intelectuais de classe média londrinos. Seus cinco primeiros romances foram recusados por todos os editores da cidade, assim como a maior parte dos artigos que enviou por mais de uma década à imprensa londrina. Nesse período, tornou-se vegetariano, socialista, orador brilhante, polemista e iniciou suas tentativas como dramaturgo. As comédias satíricas do irlandês Bernard Shaw tornaram seu autor conhecido pelo espírito irreverente e inconformista. Shaw, que em 1925 recusou o Prêmio Nobel de literatura, destacou-se também como crítico literário, teatral e musical, defensor do socialismo, autor de panfletos, pródigo ensaísta em assuntos políticos, econômicos e sociais e prolífico epistológrafo.
Em 1885 conseguiu um trabalho fixo na imprensa e, durante quase uma década, escreveu resenhas literárias, críticas de arte, principalmente no campo do Teatro e brilhantes colunas musicais. Já famoso na Europa, a partir de 1904, com a montagem de John Bull's Other Island (A outra ilha de John Bull), conquistou prestígio também na Inglaterra. Em Man and Superman (1905; Homem e super-homem), Shaw expõe a teoria segundo a qual a humanidade é o último estágio do movimento evolutivo da "força da vida". O protagonista, de início avesso ao casamento, ao final cede a ele por concluir que a própria mulher constitui poderoso instrumento dessa força evolutiva, já que a continuidade da espécie depende de sua capacidade reprodutiva. Major Barbara (1905) é um ataque à fabricação e comércio de armas, assim como ao Exército de Salvação. Sua peça mais conhecida é Pygmalion (1913; Pigmaleão), comédia sobre o amor e os preconceitos da sociedade inglesa, que inspirou o filme My Fair Lady (1938; Minha bela dama), o musical homônimo (1956) e novo filme em 1964.
Durante a primeira guerra mundial, Shaw interrompeu sua produção teatral e publicou um polêmico panfleto, "Common Sense About the War" ("Bom senso acerca da guerra"), no qual considerava o Reino Unido, os aliados e os alemães igualmente culpados e reivindicava negociações de paz. A peça Heartbreak House (1920; A casa da desilusão) focaliza a decadência espiritual da geração responsável pela guerra. Back to Methuselah (1922; Volta a Matusalém) é uma parábola dramática em cinco peças interligadas, que expõem sua filosofia da evolução, desde o jardim do Éden até o ano 31920. A canonização de Joana D'Arc em 1920 inspirou a obra-prima Saint Joan (1923), tragédia da inteligência independente sacrificada por reis, bispos e juízes, que fez sucesso internacional.
Em suas últimas peças, Shaw intensificou as pesquisas com a linguagem não-realista, simbolista e tragicômica. Por cinco anos deixou de escrever para o teatro e dedicou-se ao preparo da edição de suas obras escolhidas, publicada entre 1930 e 1938, e ao tratado político "The Intelligent Woman's Guide to Socialism and Capitalism" (1928; "O guia da mulher inteligente para o socialismo e o capitalismo"). Entre os setenta e os noventa anos de idade, escreveu e produziu ainda inúmeras peças. Era um mestre no diálogo e no humor.
George Bernard Shaw morreu em Ayot Saint Lawrence, Hertfordshire, em 2 de novembro de 1950.

O Teatro de Amadores de Pernambuco encenou "PAIS E FILHOS", com tradução de Guilherme Figueiredo, em 1949, com direção de Zbigniew Ziembinski e "A ETERNA ANEDOTA", numa tradução de Tristão da Cunha no ano de 1957, com direção de Valdemar de Oliveira, ambas encenadas inicialmente no Teatro de Santa Isabel.












http://www.tap.org.br/htm/autores/bernard_shaw.htm


O homem que escreveu: “Se você tem uma maçã e eu tenho uma maçã e trocarmos estas maçãs, então eu e você teremos ainda apenas uma maçã. Mas se eu tenho uma ideia e você tem uma ideia, e trocarmos as nossas ideias, então cada um de nós terá duas ideias.”, exercitou a ficção e o ensaio, mostrando o poder de fogo da ironia cortante e a visão do mundo peculiar em que vivia. Consagrou-se no teatro, deixando clássicos como "A profissão da sra. Warren" (1902) e "Pigmalião" (1913), esta última a sua peça mais popular, e que, em 1964, deu origem ao filme "My fair Lady". O autor foi agraciado com o Prêmio Nobel de Literatura em 1925, que recusou. Morreu no dia 2 de Novembro de 1950.

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